Particularidades de minha personalidade, de meu interesse pelas coisas se revelavam em cada foto, assim como contribuíam para a compreensão do mundo “lá fora”.Para mim, a fotografia sempre representou muito mais um processo de tradução de emoções em imagens do que qualquer outra coisa, ao mesmo tempo que me proporcionou a possibilidade de conhecer fisicamente lugares que só faziam parte da minha imaginação e, graças a ela, tais experiências adquiriam finalmente uma configuração expressiva e podiam ser compartilhadas.É verdade que somos verdadeiras ilhas perceptivas, algo que de certa forma nos confina em uma certa solidão existencial, mas a arte é capaz de converter essa condição em uma experiência estética, que convoca o ser como um todo, aí então nos tornamos unos com o mundo.Nesse sentido, a fotografia me revelou para o olhar do “outro”, com ferramentas que me permitiram compartilhar um pouco do “meu mundo”, ao passo que me ajudou a ver também pelos olhos do “outro”. Foi um processo
natural de “humanização”, com repercussões que contribuíram na consolidação dos meus valores. À partir daí, passei a viver em um mundo onde o olhar do outro não representa qualquer ameaça, ao contrário, me enriquece. Um mundo de acordes, afinidades e conexões. Um mundo compartilhado.Fotografia é um modo de viver. Um modo de ver e se relacionar com a vida. Quando adquiri minha primeira camera, durante o curso de Geografia na Universidade, comecei a utilizá-la despretensiosamente em minhas viagens, explorando as coisas de forma “ingênua” e apaixonada. Especialmente pela ausência de um conhecimento técnico mais profundo, fui levado pela espontaneidade e experimentação. Logo um novo mundo foi se revelando, e à medida que fui me familiarizando com o instrumento, conteúdos inconscientes que antes estavam represados, acabaram encontrando um eco, um meio de expressão.
Em pouco tempo a câmera fotográfica se converteu em um meio de me relacionar com o mundo e à medida que passava a conhecê-lo mais e mais através dela, conhecia mais a mim mesmo no processo. Particularidades de minha personalidade, de meu interesse pelas coisas se revelavam em cada foto, assim como contribuíam para a compreensão do mundo “lá fora”. Para mim, a fotografia sempre representou muito mais um processo de tradução de emoções em imagens do que qualquer outra coisa, ao mesmo tempo que me proporcionou a possibilidade de conhecer fisicamente lugares que só faziam parte da minha imaginação e, graças a ela, tais experiências adquiriam finalmente uma configuração expressiva e podiam ser compartilhadas.É verdade que somos verdadeiras ilhas perceptivas, algo que de certa forma nos confina em uma certa solidão existencial, mas a arte é capaz de converter essa condição em uma experiência estética, que convoca o ser como um todo, aí então nos tornamos unos com o mundo.
Nesse sentido, a fotografia me revelou para o olhar do “outro”, com ferramentas que me permitiram compartilhar um pouco do “meu mundo”, ao passo que me ajudou a ver também pelos olhos do “outro”. Foi um processo natural de “humanização”, com repercussões que contribuíram na consolidação dos meus valores. À partir daí, passei a viver em um mundo onde o olhar do outro não representa qualquer ameaça, ao contrário, me enriquece. Um mundo de acordes, afinidades e conexões. Um mundo compartilhado.